Bem perto da fronteira física com a Bielorrússia, as aldeias de Mashevo e de Krasnoe situam-se a norte de Chernobyl e encontram-se dentro do perímetro de 30 km2 definidos como zona de exclusão pela concentração da radiação resultante do acidente da central nuclear.
Estas aldeias estão rodeadas de uma maravilhosa e diversificada floresta que se expandiu e redimensionou com a ausência dos habitantes que foram forçados a abandonar os seus lares, terrenos e hábitos. Tal como a flora, também a fauna ganhou relevo com o povoamento de aves e animais que conseguiram adaptar-se a um meio natural onde os níveis de radiação são consideráveis. No percurso para estas vilas foi possível constatar isso com a observação de várias espécies de aves e outros animais, principalmente veados.
Por entre as árvores lá vão surgindo as húmildes casas rurais dispostas sobranceiramente nos dois lados da estrada que percorremos.
Entrei numa ou outra das muitas que vi e pelas quais passei e cada uma terá a sua história que jamais será revelada. Podem os objectos, mobílias e outras coisas existentes deixar pistas sobre quem as habitou e nelas partilhou felicidades e amarguras. Mas serão sempre histórias incompletas porque a presença e os movimentos desse alguém deixaram de existir há cerca de 36 anos.
Presença e movimentos! Só os do vento quando corre e os das aves quando passam...
VÍDEO
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