Era dia de exploração urbana em sanatórios e para isso rumei de madrugada para os locais que ficavam a umas boas dezenas de quilómetros.
Iniciei a incursão solitária com o primeiro da lista e agora, depois de tudo ter acontecido, está concluído que foi uma primeira má escolha por causa do sobressalto que enfrentei e que mais adiante, no cenário do acontecimento, explicarei.
Este edifício tinha vários pisos mas não vi forma de passar do rés-do-chão e subir aos pisos superiores porque a escadaria de acesso estava completamente destruída. Fiquei limitado a fazer registos fotográficos no próprio rés-do-chão e na cave…
Como se poderá observar, trata-se de um sanatório bastante degradado onde apenas restam paredes, portadas, janelas sem vidros e pouco mais… É daqueles lugares que muitos exploradores urbanos desprezariam por falta de recheios ou outros conteúdos. Para mim, que não rejeito qualquer tipo de degradação, é este tipo de lugares que contém a essência da decadência!
Foi na divisão mais ampla do rés-do-chão, com seus pilares redondos, que aconteceu o imprevisto: Estava fotografando! Recuei um pouco para fazer melhor enquadramento quando numa fração de segundos senti o chão a desaparecer. Uma das pernas enterrou-se sobre o buraco que se abriu repentinamente. Sorte a minha ter sido apenas uma perna, pois caso contrário teria ido parar á cave que eu ainda nem sequer sabia que existia.
Sobressaltado, libertei a perna toda ensanguentada e ao elevá-la veio com ela o esqueleto de um animal. Talvez fosse de um gato. Olhei o chão em redor para deduzir que ali estava uma verdadeira armadilha… bem perigosa!
Para aqueles que se aventuram de forma solitária nestas atividades deixo o conselho: todo o cuidado é pouco!
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