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14 abril 2020

Indústria da ardósia


De acordo com a Wikipédia, "A ardósia é uma rocha metamórfica sílico-argilosa formada pela transformação da argila sob pressão e temperatura, endurecida em finas lamelas. De baixo grau metamórfico, a ardósia é formada sob as menores pressões e temperaturas dentre as rochas metamórficas. A ardósia pode ser transformada em soletos, porque tem duas linhas de folhabilidade: clivagem e grão. Isto torna possível que se divida em finas folhas. Coberturas sintéticas e manufaturadas podem, inicialmente, ser mais baratas no acto da colocação, mas os soletos de ardósia durarão muitos e muitos anos, fazendo deste material uma escolha de futuro mais econômica. A ardósia é uma rocha metamórfica. Outras aplicações da ardósia: pavimentos, fachadas, tampos de laboratórios, e em decorações interiores e exteriores. Folhas finas de ardósia preta ou cinza escuro eram o material mais usado na produção de quadros negros, ou lousa." 
Em países como a Bélgica, Luxemburgo, França e Alemanha existem muitas moradias e outras construções nas quais a utilização desta rocha era bem intensa e abrangente a toda a estrutura das instalações: pavimentação, paredes e telhado. 
As imagens do local que apresento nesta publicação referem-se às instalações de uma empresa de manufactura de ardósia situada na Bélgica. A sua actividade já cessou há uns largos anos mas por lá restou a ardósia trabalhada que se mantém no chão, nas paredes e telhados dos edifícios da própria empresa. O local não deixa margem para dúvidas sobre a actividade ali desenvolvida. 
Os tons cinzentos e negros da ardósia invadem toda a área da antiga fábrica, reproduzindo uma dimensão sombria, fortalecida ainda pela castanha ferrugem que cobre a maquinaria. Completando o cenário, a humidade marca a sua presença com verdes amarelados trazidos por fungos e bolores colados às rochas e às máquinas.

































10 abril 2020

Os crucifixos


Em tempo de Páscoa e de "recolhimento" entendi publicar algo associado à época: os crucifixos.
Encontrados em diferentes momentos de exploração urbana, estes símbolos religiosos são vulgarmente observados em casas outrora habitadas. 
No que respeita à devoção religiosa, é certo que também os quadros que representam a última ceia são outros objectos muito comuns entre os recheios dessas ex-habitações. 
Os motivos religiosos são uma presença assídua em todas as casas mas a sua intensidade é mais notada no norte e centro de Portugal, relacionando-se assim com a tradicional religiosidade das gentes dessas áreas. 
Além disso, a presença destes símbolos é maior e mais frequente em casas que, pela sua sua simplicidade e reduzida dimensão, terão tido como residentes gente humilde e de baixas posses. 
Entre os muitos registos fotográficos que incluem esta temática e se encontram adormecidos em arquivo, aqui partilho dez imagens com crucifixos.